Dizem que em time que está ganhando não se mexe. Abel Braga segue o ditado do futebol e manterá, contra o Botafogo, neste sábado, o Fluminense que venceu o Flamengo na semana passada para tentar seguir com os seis pontos de vantagem quem tem na liderança na tabela do Campeonato Brasileiro.
"Mas sempre é preciso mudar alguma coisa, acertar algum detalhe. Não tenho o privilégio que o Oswaldo tem de poder fechar o treinamento, mas é sempre assim, um tentando surpreender o outro", disse o técnico, pedindo que não seja divulgado o trabalho de bola parada feita no último treino antes da partida, privilegiando os lançamentos de Deco e Thiago Neves.
Para o treinador, a equipe não pode se deixar influenciar pela liderança em relação ao Atlético-MG. "Não podemos ter ansiedade, nem salto alto nem soberba. Ficamos muito tempo em busca da liderança e ela só chegou na 25ª rodada. E isso nunca existiu e não pode aparecer agora mesmo sendo um clássico", lembrou Abel.
Apesar de ter o time acertado, o treinador se preocupa e muito com o Botafogo - segundo ele, o time carioca é quem mais deu trabalho ao Fluminense este ano. "Ganhamos o Estadual, mas algumas jogadas armadas pelo Oswaldo me deixaram chateados até hoje", comentou.
E, depois da chegada de Seedorf a General Severiano, essa preocupação só aumentou. "Fico feliz por ele estar dando brilho ao futebol brasileiro e dando peso ao time do Botafogo", disse o treinador, que descarta fazer marcação especial sobre o jogador, mas admite que é alguém, que em um passe, em um chute de longe distância, pode decidir o jogo. "É um jogador que tem um preparo físico impressionante", elogiou.
Para o jogo de sábado, Wellington Nem é a grande dúvida. Com tendinite no joelho esquerdo, não treinou e ainda viajou para o fracassado amistoso da Seleção Brasileira contra a Argentina no meio de semana.
"Em uma semana de clássico, perder três jogadores é ruim. Eles ficaram uma semana sem fazer nada, mas como é fim de temporada espero que isso não seja um problema", disse, falando de Nem, Thiago Neves e Carlinhos, mas lembrando que o Botafogo também teve problemas. "Faltou respeito com a Seleção. Mas a culpa não foi da CBF, nem do Mano", ponderou.
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