terça-feira, 18 de setembro de 2012

São Paulo envia diretor a reunião por Ganso e pressiona por desfecho

 Adalberto Baptista, diretor de futebol são-paulino, irá em reunião para resolver negociação já nesta terça. Foto: Getty Images

 O São Paulo participará da reunião que pode selar o desfecho da novela envolvendo a contratação de Paulo Henrique Ganso. O clube do Morumbi enviará Adalberto Baptista, diretor de futebol e interlocutor são-paulino, ao encontro na capital para pressionar por um desfecho já nesta terça-feira. A reunião ainda terá membros do Grupo DIS, detentores de 55% dos direitos do camisa 10, e do comitê gestor do Santos.

O Santos recusou na segunda nova investida do São Paulo pelo jogador. A nova oferta foi direcionada aos 45% que o Santos detém, fixados pelo clube em R$ 23,8 milhões, sob alegação de que o "conjunto" do valor ofertado não agradou. O principal entrave foi o não pagamento à vista do montante.
A rejeição totalizou a terceira do clube alvinegro por Ganso: a primeira de cerca de R$ 11 milhões e a última de R$ 13 milhões por 45% de seus direitos econômicos.
Para seduzir Ganso, o São Paulo ofereceu a camisa 8 já usada por Kaká, ídolo do craque santista, e fez com que o jogador se sentisse valorizado pelas seguidas tentativas e as condições externadas durante as negociações, como cuidados especiais por meio do Reffis, centro de reabilitação física são-paulino.
Ganso, por sua vez, já manifestou a seus empresários o desejo de atuar somente no clube tricolor, rejeitando até mesmo provável oferta superior de salários no Grêmio, outro interessado.
O São Paulo corre contra o tempo para atingir os pedidos dos dirigentes santistas e evita colisões diante de declarações do rival, principalmente do presidente Luis Álvaro Ribeiro. O prazo é até sexta-feira, data do fechamento da janela nacional de transferências.

De camisa 10 ideal a meia contestado
Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.
A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.
A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.
A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.
No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.
Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino mais provável para Ganso se tornou o São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, e fez duas propostas (ambas recusadas pelo rival). O meia tem contrato com a equipe praiana até fevereiro de 2015. Ganso

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